O governo do Estado vai construir e pavimentar mais de 950 quilômetros de rodovias. É o que prevê o planejamento estratégico para reduzir o déficit de pavimento asfáltico nas estradas paraenses para o triênio 2020/2022 da Secretaria de Estado de Transportes (Setran). O pacote de obras está em andamento, em fase de execução e em licitação, envolvendo obras com recursos do Tesouro Estadual e de financiamento externo e da Caixa Econômica Federal.
Para garantir a qualidade no pavimento e o conforto dos usuários das estradas paraenses, a orientação do titular da Setran, Pádua Andrade, é que os projetos de construção reduzam rampas e curvas, tenham sistema de drenagem de águas pluviais e camadas de asfalto de cinco a oito centímetros.
“Vivemos em uma região onde chove metade do ano, então o ideal é projetarmos rodovias com o correto escoamento da água da chuva, com sistemas de drenagem eficazes e com dimensionamento correto de todas as camadas do pavimento para garantir a vida útil das estradas. Também priorizamos traçados com menos rampas e curvas, a exemplo do que foi feito na vicinal Carne de Sol, em Abel Figueiredo, e com altura do pavimento asfáltico de no mínimo cinco centímetros”, explica Pádua.
Na PA-150, no sudeste do Pará, a via que passa por restauração com trechos de reconstrução, recebeu em alguns trechos no sistema de drenagem de águas pluviais, e camada de asfalto que chega a oito centímetros.
O novo pacote de obras do governo do Estado em infraestrutura de transportes envolve recursos de mais de R$ 3 bilhões. Serão contempladas todas as regiões do estado do Pará. "Os projetos de construção e pavimentação das rodovias também focam na formação de corredores logísticos, garantindo melhor escoamento da produção e, consequentemente, redução do valor dos fretes, um dos grandes gargalos da economia paraense”, detalha o secretário.
Segundo Ricardo Bentes Kato, doutor em Engenharia e professor do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará (UFPA), a drenagem também é item fundamental em todos os tipos de pavimentos, visando evitar acúmulo de água na pista, contribuindo para segurança e durabilidade do pavimento, que deve ser de 10 a 15 anos. “Outro fator importante é a fiscalização do peso dos caminhões para não ultrapassar os limites da via e assim acelerar seu desgaste”, defendeu.
Atualmente há três postos de verificação de peso nas rodovias paraenses. Um na Alça Viária e outros dois instalados recentemente na PA-150. Mais quatro postos serão instalados nas novas rodovias que serão construídas.