O Governo do Pará doou 40 viveiros para recomposição florestal em São Félix do Xingu, no sudeste paraense, como parte da política ambiental com base em reflorestamento de áreas alteradas através de sistemas agroflorestais, cujo fundamento é o desenvolvimento socioeconômico ambiental.
O ato ocorreu nesta quarta-feira, 30, durante a extensa agenda do governador Helder Barbalho na região sudeste.
Helder Barbalho destacou o empenho do governo em estar presente no município de forma integral. “Vocês devem perceber que sempre quando estamos aqui, em São Félix, temos buscado trazer o governo inteiro, com diversas ações que envolvem titulação de terra, pra que o pequeno produtor possa fazer captação de linhas de crédito, programas e projetos de incentivo, ações de sustentabilidade, porque nós escolhemos a região para mostrar ao Brasil que é possível conciliar a pecuária à preservação ambiental, com uma nova ideia de desenvolvimento rural sustentável,” detalhou.
Segundo a presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengston, os 40 viveiros têm capacidade para 3 mil mudas cada, uma parceria com o programa Paisagens Sustentáveis ( Banco Mundial, MMA e Conservação internacional), "que até o final de julho tornará realidade a produção de aproximadamente 120 mil mudas para os arranjos, portanto, somente com essa atividade, o Ideflor já sai na frente cumprindo mais de 25% da meta do Programa Territórios Sustentáveis", explica.
Além da construção dos viveiros, foi entregue um "kit de produção de mudas" para manutenção e implementação das atividades do "Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia", instalado na última semana do mês de junho. A ação contou com a parceria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semagri) do município de São Félix do Xingu.
SUSTENTABILIDADE
O agricultor Valdemar Rodrigues Rosa mostra o Termo de Recebimento do viveiro, que tem capacidade para produzir três mil mudasFoto: Bruno Cecim / Ag. ParáO objetivo da montagem é promover a proteção e conservação da biodiversidade e o desenvolvimento de boas práticas de manejo florestal e agrícola, assegurando a sustentabilidade do uso dos recursos naturais e o desenvolvimento socioeconômico ambiental, através da restauração e manejo sustentável, com a implantação do viveiro de mudas para os sistemas agroflorestais.
Para Damião Carlos Barbosa, produtor rural de cacau da região, o benefício com o projeto do viveiro é de extrema importância, pois permite um incremento da produção. “Antigamente a agricultura familiar estava muito isolada na nossa região, mas, agora, a gente deve abrir novas possibilidades e garantir o aumento da renda”, diz ele.
O Ideflor-Bio já possui três outros viveiros comunitários com capacidade para 18 mil mudas e tem o compromisso de entregar mais um viveiro na comunidade Canopus, resultando no total de 192 mil mudas na região pelo Território Sustentáveis até o final de 2021.