O laudo técnico realizado na estrutura da ponte Moju Cidade, pela empresa contratada Paulo Barroso Engenharia Ltda., garante que o último choque ocorrido em um dos pilares não afetou a estrutura da ponte. No último dia 09 de novembro, um empurrador, que conduzia uma balsa com carregamento de madeira em toras, colidiu com três pilares da ponte Moju Cidade, sobre o Rio Moju, no nordeste do Estado. A ponte integra a Alça Viária – um conjunto de rodovia, PA-483, e pontes que ligam a Região Metropolitana de Belém às regiões sudeste e sul do Pará.
Segundo o laudo divulgado nesta segunda-feira (17), pela Secretaria de Estado de Transportes (Setran), o impacto no apoio 11 da ponte causou “fratura em uma estaca e disgregação em trecho da aresta do bloco”. A disgregação é uma ruptura, especialmente em áreas salientes, que não afeta as características originais do concreto.
As outras 11 estacas do apoio não apresentam fragilizações na ligação com o bloco, atesta o laudo. Também foram inspecionadas outras quatro estacas, que não apresentam danos mais sérios provenientes do choque, apenas erosão superficial devido ao contato com a balsa durante sua manobra. O trabalho de inspeção realizado pela Empresa Paulo Barroso contou com a participação de uma equipe de mergulhadores, que verificou os danos submersos na estaca.
Recuperação - A Setran mantém os serviços de construção das defensas nos blocos dos pilares de apoio da ponte Moju Cidade, onde ocorreu o acidente. Está em fase de conclusão o projeto de defensas para todos os blocos.
O projeto executivo de recuperação do pilar atingido já está sendo elaborado, e deve ser concluído até o próximo dia 28, para que comecem as obras de recuperação. Também continuam os trabalhos de reconstrução de outro trecho da ponte, atingido por uma balsa em março deste ano.
O comandante do empurrador envolvido no último acidente, Sebastião de Souza Dias, foi atuado pelo crime de atentando à segurança contra transporte marítimo, previsto no artigo 261 do Código Penal. Ele estava há menos de um mês na função e apresentou uma falsa carteira de habilitação. A balsa foi apreendida pela Marinha do Brasil, e está atracada em um porto de Moju, aguardando a conclusão das investigações.