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Pará tem 500 novas pontes em corredores viários e estradas vicinais

Projeto de construção de estruturas visa eliminar pontes de madeira, e as travessias por balsa, que prejudicam a trafegabilidade pelo modal rodoviário


A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) tem 500 pontes em construção ou sendo reconstruídas em todas as regiões de integração do Pará. Os novos equipamentos estão em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, para cidades mais inclusivas e sustentáveis.

As estruturas são construídas com recursos próprios do Governo do Pará, e há também, construções, por meio de convênio com os municípios. Na modalidade convênio, o Estado entra com o recurso e a Prefeitura garante a execução da obra. Entre as pontes entregues à população estão a ponte Gerson Peres (Rio Meruú), em Igarapé-Miri; a ponte União (Rio Moju) na Alça Viária; a ponte do Outeiro (Belém); a ponte Acará-Miri em Tomé-Açu, na PA-451; ponte Tambaí-Açu, em Mocajuba; 10 pontes na PA-462, em Augusto Corrêa; sete das oito pontes previstas para a PA-256, entre Paragominas e Tailândia; a ponte sobre o Rio Guamá, em Capitão Poço.

Também há pontes estratégicas em obras sobre o rio Alto Capim e Alto Acará na PA-256; pontes sobre o Rio Curuá Una e Tatuí, na PA- 370/Transuruará; a ponte sobre o Rio Fresco, em São Félix do Xingu e ainda a terceira ponte sobre o Rio Itacaiúnas, em Marabá, que será construída por meio de convênio entre a Setran e a prefeitura do município.  O secretário de Estado de Transportes (Setran), Adler Silveira, enfatiza que o projeto de construção de pontes atende a uma demanda histórica de eliminar as estruturas precárias, ainda de madeira, e as travessias por balsa, que prejudicam a trafegabilidade pelo modal rodoviário. “Além de construir, reconstruir e pavimentar estradas, o governo Helder Barbalho trabalha para garantir corredores seguros, ágeis, sem balsa pela frente, e com pontes projetadas para o futuro, a exemplo da ponte do Outeiro, construída atendendo aos requisitos futuros da construção naval, que cada dia projeta embarcações maiores, e os vãos construídos sob a ponte, são de 100 e 80 metros, e garantem que não ocorra mais nenhum acidente como o que levou à ruína o pilar desta ponte”, pontuou Silveira. Geração de empregos - Além de garantir a trafegabilidade dos corredores da malha rodoviária estadual, a construção de pontes também gera empregos. Somente na ponte Guamá, em Capitão Poço, foram gerados 40 empregos diretos e indiretos. A professora Rizoneilde Souza utilizou o recesso escolar para garantir uma renda extra para a família durante a construção da ponte sobre o Rio Guamá, em Capitão Poço.

“Tive oportunidade também de aprender muitas coisas do administrativo de uma obra. Fazia várias tarefas, um grande aprendizado para mim, mais na frente eu posso estar precisando e, já vou estar preparada”, disse ela.

Luan Barros iniciou na obra com a função de ajudante de pedreiro e encerrará as atividades como soldador. “Eu estava desempregado há dois anos e, além do trabalho tive ainda a oportunidade de tirar todos os meus documentos, e quando encerrar a obra aqui estarei com experiência registrada na minha carteira de trabalho”, disse Luan.

Novas entregas - A ponte sobre o Rio Guamá, em Capitão Poço, será a próxima entrega do Governo do Estado.  A Setran também finaliza a construção da ponte em concreto sobre o rio Guamá, na PA-253, no município de Capitão Poço. A estrutura, que tem porte médio, deve ser entregue nos próximos 30 dias. O equipamento na PA- 253, no trecho do entroncamento da PA-124 com a BR-316, tem 100 metros de extensão, e chega para solucionar uma demanda antiga das comunidades que vivem na região e de quem utiliza a estrada para chegar ao estado vizinho do Maranhão (MA). A antiga ponte de madeira foi levada pelas forças do rio Guamá e desde então, a Setran mantém uma travessia por balsa no local.

Dono de um pequeno balneário à beira do rio Guamá, em Capitão Poço, Manoel Souza, disse que a construção da ponte materializa um  sonho antigo, “que a gente teve, não só aqui mas, em toda região, município de Santa Luzia, Nova Esperança do Piriá, Capitão Poço, em modo geral. Esta ponte vai servir de transporte para as pessoas e para o transporte de cargas, como laranja, transportar cargas tanto para o Maranhão quanto para o Ceará. A gente tem necessidade dessa ponte”, pontuou o comerciante.

A PA-253 tem mais de 124 quilômetros de extensão e é acesso para Capitão Poço, e para os municípios de São Domingos do Capim, Irituia, Santa Luzia do Pará e Viseu. A estrada também é rota alternativa para os estados de Maranhão e Ceará. O professor Luís Guimarães estava a caminho do Maranhão e destacou que não tinha ideia que a rota tinha uma travessia por balsa, e que “sem dúvidas iria agilizar muito rápido nossa rota e também iria beneficiar toda a população daqui, e ainda que vai para outro estado porque a gente vai passar um tempo esperando a balsa para atravessar e com a ponte passaríamos direto.

A ponte sobre o Rio Guamá é utilizada também por seis comunidades da etnia Tembé dos polos de Capitão Poço e Santa Luzia do Pará, ambos da terra indígena Alto Rio Guamá.

Por: Kátia Aguiar
Publicado em: 22/03/2023 e atualizado em 24/03/2023 as 13:53:44
Fonte: Agência Pará

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