Há exatamente um ano, o governador Helder Barbalho entregava à população do distrito de Outeiro uma estrutura que simbolizava muito mais do que uma simples ponte. A Ponte Enéas Martins, reconstruída e modernizada, tornou-se um marco de mobilidade, segurança e progresso para os mais de 100 mil moradores da Ilha de Caratateua e outros milhares de frequentadores das praias fluviais da região.
Em um ano, a Ponte do Outeiro se transformou não apenas em uma estrutura física, mas em um símbolo de superação, progresso e união para a comunidade local. A obra ligou as duas margens e construiu um caminho para um futuro mais promissor.
A dona de casa Tânia Soares mora no bairro Fidélis, bem próximo à ponte, e contou como a vida dos moradores mudou nos últimos meses. “Nossa, melhorou muito a nossa rotina, agora temos como nos locomover mais rápido. Quando houve o acidente foi bem complicado ficar dependendo da balsa, mas agora é só alegria”, ressaltou.
A autônoma Diane Santos acredita que a ponte trouxe melhorias na acessibilidade para atividades cotidianas. "Estou aqui esperando o ônibus para ir ao centro de Belém para uma consulta. Se fosse na época do acidente, eu nem iria porque estava muito ruim sair e voltar para cá", disse.
Relembre - A ponte estava interditada desde o dia 17 de janeiro de 2022, após ter sido atingida por uma embarcação que passava abaixo da estrutura. O pilar central caiu, o que provocou rachaduras na pista causando transtornos na locomoção dos moradores e turistas.
Sergio Ronaldo, que tem mais de 50 anos de trabalho na Praia Grande de Outeiro, sentiu na pele os impactos causados pelo acidente. "Na época parou tudo, só tinha acesso pela balsa e foi muito difícil. Muito bar aqui fechou, diminuiu muito o fluxo de turistas... Mas com a liberação da ponte no ano passado o acesso ficou mais rápido e as pessoas apareceram, melhorou bastante o nosso negócio, vieram as festas de fim de ano, Carnaval… Já estamos melhor", comemorou.
O aposentado Wilson de Andrade Cecim, que ganha uma renda extra vendendo tucupi e molho de pimenta pelas ruas do Outeiro, relembra os desafios enfrentados na época do problema na ponte. "Eu tenho três netos que moram em Belém e que sempre trazem os produtos para eu fazer o tucupi e os molhos de pimenta, mas quando teve o problema na ponte e ficamos dependendo da balsa foi um transtorno porque eles não conseguiam vir pra cá e eu não conseguia vender meus produtos. Mas agora com a ponte o acesso melhorou e a facilidade de chegar os produtos, e agora já estou nas ruas vendendo e aumentando meu ganha-pão", ponderou.
Investimentos e Projetos Futuros - A Ponte de Outeiro não é apenas uma obra isolada, mas parte de um compromisso mais amplo do Governo Estadual com a mobilidade e o desenvolvimento. Com 16 cabos estais, 360 metros de extensão e uma altura de 12 metros, a nova estrutura se tornou um marco arquitetônico e funcional.
Adler Silveira, secretário de Estado de Transportes, ressalta o compromisso do Governo com a mobilidade e segurança no deslocamento dentro da Região Metropolitana de Belém. "É uma ponte com engenharia moderna, onde fizemos a recomposição da estrutura colocando dois pilares com 16 cabos estais, deixando um vão para navegabilidade maior no Rio Maguary", informou.
E o progresso não para por aí. O Governo do Estado já está trabalhando na construção da nova ponte Icoaraci-Outeiro, que vai ligar a região da Brasília à 7ª Rua de Icoaraci, melhorando a logística entre os dois distritos de Belém. Esse é o local onde há o maior adensamento populacional.
“Esta segunda ponte terá 414 metros de comprimento, com duas pistas de rodagem para veículos e motocicletas, sendo o trecho central com estrutura estaiada de 234 metros, o que proporcionará dois vãos de navegação com 117 metros de largura cada um, a exemplo da primeira ponte reconstruída pelo Governo do Pará”, concluiu o secretário.
Atualmente, o Governo do Pará investe na construção de cerca de 500 pontes em todas as regiões do Estado.